Memória da Terra: ações para salvaguarda do patrimônio biocultural na Serra do Cipó – MG

Resumo

Vivemos neste início de milênio um agravamento da degradação dos processos ecossistêmicos e um aumento de injustiças ambientais resultantes do modelo de desenvolvimento urbano-industrial. Neste contexto, os saberes ecológicos de comunidades rurais e tradicionais são elementos centrais para a construção de novas formas de desenvolvimento ecológica e socialmente viáveis. A biodiversidade que resulta do manejo ecossistêmico e de espécies, bem como os próprios saberes e memórias envolvidas nesse manejo têm sido compreendidos no meio acadêmico e político como patrimônio biocultural dessas comunidades. A elaboração de Protocolos Comunitários Bioculturais (PCBs) são uma ferramenta utilizada recentemente por comunidades em todo mundo como meio de proteção de seus territórios e modos de vida. Os PCBs são sistematizações das principais regras de uso e manejo da biodiversidade por uma comunidade baseadas em seus costumes e tradições. Esse documento pode facilitar a comunicação e negociação com agentes externos. Assim, o presente projeto tem como objetivo principal a elaboração de Protocolos Comunitários Bioculturais de comunidades rurais e tradicionais da Serra do Cipó (MG), tendo em vista o cenário de acirramento de conflitos ambientais em que vivem. A região faz parte da Reserva da Biosfera do Espinhaço, e na última década, experimentou um rápido avanço de projetos imobiliários e de extração mineral, gerando impactos negativos na sociobiodiversidade.

Agência financiadora: Programa de Extensão Universitária – PROEXT/UEMG e MEC – Ministério da Educação e Cultura

Professor orientador: Emmanuel Duarte Almada

Parceiros

IPHAN, Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais (UFMG), Núcleo Interdisciplinar de Investigação Socioambiental (UNIMONTES), AMANU – Educação, Cultura e Solidariedade e Comunidades da Serra do Cipó.